Embora muitos possam pensar que se trata apenas de um trio de DJs e produtores liderando os charts de house e techno, o Keinemusik vai muito além disso.
Composto por cinco membros – quatro DJs e uma designer gráfica – este coletivo é muito mais do que uma gravadora ou uma marca. Keinemusik é uma comunidade, um sentimento e uma celebração da união através da música. Seus integrantes são amigos que compartilham uma paixão profunda pelo que fazem e levam essa energia para cada música, cada festa e cada projeto.
O Keinemusik é formado por &ME, Rampa, Adam Port, Reznik e Monja. Juntos, eles criaram uma identidade sonora única, misturando elementos de house, techno e influências orgânicas. Mas o impacto do coletivo vai além do som: sua marca visual e sua forma de conectar pessoas ao redor do mundo o colocaram no centro das atenções da cena eletrônica.
Vamos explorar as histórias de dois dos membros mais emblemáticos do Keinemusik: &ME e Rampa.
Antes de se tornar uma das figuras mais respeitadas da música eletrônica, &ME (André Boadu) era um jovem mergulhado no universo do hip hop em Hamburgo. Durante noites imersas em scratchs e produções de rap, ele sentiu que o cenário era limitado. Tudo mudou em 2004, quando André se mudou para Berlim para estudar engenharia de som.
Na “capital da música eletrônica”, ele foi apresentado à cena underground por DJ Kaos, um veterano local. André começou a tocar nos principais clubes de Berlim e, pouco depois, lançou seu primeiro remix, “On The Run”, de Khan. Em 15 anos de carreira, &ME construiu um legado, lançando faixas por selos renomados como Kompact e Embassy One.
Além de produzir música, ele desenvolveu laços com Fetisch, DJ que o convidou para tocar frequentemente na boate Cookies e o ensinou sobre impressão de vinis e distribuição de discos. Foi nesse estúdio que André conheceu Rampa, marcando o início de uma amizade e de um projeto revolucionário.
Gregor Sütterlin, conhecido como Rampa, descobriu sua paixão pela música aos 12 anos, tocando discos no porão de um amigo em Freiburg, Alemanha. Aos 15 anos, já produzia suas primeiras faixas no FL Studio e adotou o nome Rampa, inspirado pelo escritor espiritual Lobsang Rampa.
Em 2004, Rampa se mudou para Berlim e começou a trabalhar no Trixx Studios, onde conheceu &ME. Eles passavam noites criando músicas e desenvolvendo um estilo próprio. Foi nesse período que a ideia do Keinemusik nasceu: um coletivo com uma identidade única, longe de rótulos ou gêneros limitantes.
Rampa também fundou a TEILE, uma empresa de equipamentos eletrônicos que desenvolve ferramentas de mixagem e masterização. Com lançamentos em selos como Innervisions e Afterlife, ele prefere o ambiente do estúdio às turnês, mas sua contribuição para o Keinemusik e a música eletrônica é inestimável.
Hoje, o Keinemusik é reconhecido por seu estilo musical refinado e seu impacto cultural. Mais do que um coletivo de música eletrônica, eles são um exemplo de como a amizade, a paixão e a criatividade podem transformar a cena global. De Berlim a Ibiza, de festivais internacionais a lançamentos de sucesso, o Keinemusik segue conquistando espaços e corações.
Com um futuro promissor pela frente, Keinemusik continua a ser um coletivo que transcende a música, conectando pessoas e celebrando a união.
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